As empresas familiares existem em todos os setores da economia, de todos os portes e com os mais variados estilos de gestão. Logicamente as grandes empresas se antecipam e criam políticas e normas de sucessão, considerando o parecer de conselhos de administração, de diretores profissionais contratados e, desta forma, sofrem menos com o tema.

O problema é maior nas médias e, principalmente, nas micro e pequenas empresas, pois nestas o poder decisório é centralizado em um ou dois diretores ou proprietários / sócios e um erro qualquer pode ser trágico para o futuro da empresa.

Em uma grande empresa os números de faturamento, de custos, de despesas são grandes e, quando se quer modificar algo, normalmente, se senta à mesa de reuniões com propostas, projetos de viabilidade, demonstrativos de pesquisa de mercado, investimento orçado e resultado projetado. Após todas as discussões define-se o caminho a ser tomado.

Já em empresas menores, principalmente nas familiares e ainda não profissionalizadas, as discussões não acontecem com freqüência e, quando acontecem, tem uma sobrecarga de objetivos pessoais e emocionais, que “podem” influenciar as decisões. Esta influência na maioria das vezes despreza as regras de mercado e da organização prejudicando assim o andamento das empresas.

Note que no primeiro caso, das grandes empresas, temos projetos e discussões exaustivas até se chegar a uma decisão e, isto normalmente não acontece nas micros,  pequenas e médias, justamente quando deveriam ocorrer.

Estes projetos e discussões fazem parte de um aculturamento de profissionais envolvidos nas empresas e que no caso das familiares serviriam de preparo e observação de quais os “parentes” e funcionários estariam em condições de assumir determinados cargos nas empresas.

Temos visto ao longo do tempo que a dinâmica do mercado não tem sido paciente com empresas que não se preparam para a sucessão. Podem-se citar, inclusive, grandes grupos empresariais, que por problemas de sucessão saiu do “top” de uma lista de melhores empresas e simplesmente faliram e até hoje os “parentes” brigam na justiça pelo pouco que sobrou.

As empresas têm obrigação de lidar e trabalhar este tema pois não temos mais espaço para o cargo de “parente”. Os cargos até podem ser assumidos por parentes, mas estes devem demonstrar competência, compromisso, ética e outros valores essenciais ao negócio.

Prof. Clóvis de Souza Dias
Mestre em Administração
Sócio da Castro Dias Consultoria e Cursos

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