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Como superar o trauma do microfone


A necessidade de falar durante apresentações de negócios para parceiros, imprensa, acionistas e diretorias internacionais tem feito as empresas procurarem, cada vez mais, cursos de expressão verbal e oratória para seus executivos. Em alguns, o aumento de matrículas foi de mais de 40% entre 2010 e 2011 e quase todos os alunos ocupam cargos de média gerência ou superior.

"Uma das minhas conferências mais recentes teve de ser feita em inglês, para a equipe da matriz da Accor, na França", lembra Cláudia de Barros Barbosa, gerente de marketing da marca Novotel na América Latina, que já realizou dois treinamentos em oratória custeados pelo grupo hoteleiro, dono de bandeiras como Sofitel e Mercure.

O programa de treinamento para porta-vozes da companhia foi iniciado em 2010. Segundo Felipe Boni, gerente de comunicação corporativa da Accor para a América Latina, a diretoria sentiu a necessidade de capacitar os executivos para falar bem durante encontros com a imprensa e em palestras de negócios.

No ano passado, foram treinados mais de 60 gestores de áreas como operações, recursos humanos, vendas, marketing, compras e desenvolvimento de novos negócios. "Por conta do ambiente competitivo em que atuamos, é essencial ter profissionais preparados para representar adequadamente a empresa", diz Boni. Este ano, o plano é qualificar dez executivos, com investimentos de cerca de R$ 40 mil.

Segundo Cláudia, no grupo desde 2003, uma boa expressão verbal é fundamental na sua função. "Na época do curso, estávamos em processo de expansão. Havia necessidade de expor a marca de maneira forte e convincente diante de investidores, equipes e da imprensa", conta.

O último curso da executiva na área durou três meses e a ensinou como manter uma comunicação objetiva, segura e com recursos de persuasão. "É possível corrigir pequenos erros e nos preparar melhor para situações reais". Antes dos treinamentos, além de se preocupar com o conteúdo das conferências, Cláudia precisava também conter o nervosismo. "Passar segurança é fundamental no mundo dos negócios."

De acordo com Reinaldo Polito, professor de oratória há 35 anos e autor de vinte livros sobre o tema, os executivos querem se apresentar com naturalidade nas reuniões de trabalho. "Os alunos não se conformam em ocupar funções importantes e se sentir desconfortáveis ao falar em público". No ano passado, a escola de Polito formou cerca de 1,6 mil pessoas, um aumento de 20% em relação a 2010. A maior parte dos alunos era formada por executivos patrocinados pelas empresas. "Com o mercado mais aquecido, os executivos aproveitam para alavancar a carreira. Falar bem é essencial."

De acordo com ele, tem crescido a procura por parte dos profissionais de empresas de tecnologia e do setor farmacêutico. "Embora as multinacionais sejam as que mais investem no desenvolvimento da comunicação dos colaboradores, as organizações brasileiras passaram a patrocinar muitos cursos nos últimos cinco anos", ressalta.

A Bematech, do setor de tecnologia, que fatura R$ 394 milhões ao ano, começou a investir nesse quesito a partir da abertura de capital, em 2007. "Foi quando intensificamos a atuação internacional, com a aquisição de uma companhia sediada em Nova York", afirma o gerente de recursos humanos Nilson Nascimento. Nos últimos três anos, a empresa, que tem mil colaboradores em quatro países, treinou 166 funcionários na área de expressão verbal, inclusive com cursos a distância ministrados pela universidade corporativa do grupo. "As aulas contemplam módulos para líderes sobre relações com a imprensa, técnicas de negociação entre outros."

Segundo Nascimento, a Bematech banca os cursos para que os colaboradores mostrem desenvoltura nas ocasiões em que representam a companhia, além de buscar melhores resultados nos negócios. "É preciso cativar os interlocutores e mostrar clareza na exposição de ideias", afirma.

O gerente de parcerias da organização, Luis Luize, na empresa desde 1994, já está no segundo curso na área. O último treinamento, realizado no final do ano passado, durou quatro horas. "Por atuar no departamento responsável pelo contato com desenvolvedores de soluções de automação comercial, as apresentações em eventos fazem parte das atividades", explica. Luize pretende também frequentar sessões de fonoaudiologia para tornar a dicção mais clara. "O objetivo é conseguir gravar vídeos com uma maior desenvoltura."

Segundo Fernando Pereira, fundador do Instituto FaleBem, que treinou 350 alunos no Rio de Janeiro (RJ), São Paulo e Campinas (SP) durante 2011, a maioria dos executivos procura ajuda quando precisa desempenhar novas tarefas no escritório. "Eles querem amenizar a ansiedade e superar o medo de falar". No ano passado, a demanda no instituto aumentou 17% ante 2010 e 75% das matrículas foram de profissionais em cargos de liderança. "É comum também as empresas nos procurarem para melhorar a postura dos funcionários e eliminar vícios de discurso como erros de plural e concordância verbal", diz. Cerca de 40% das aulas do FaleBem são no modelo "in company", com duração de oito horas. As maiores demandas vêm de consultorias, indústrias, comércio e terceiro setor.

Para o professor Reinaldo Passadori, presidente do instituto que existe há 27 anos, boa oratória e liderança caminham de mãos dadas no mundo corporativo. "Embora a comunicação verbal seja um dos principais recursos do profissional moderno, ela ficou para trás nas grades das escolas e das universidades", afirma. "Os executivos, principalmente os de gerações mais recentes, correm atrás do prejuízo para desenvolver essa habilidade. Sem ela, dificilmente irão se destacar". Em 2011, o Instituto Passadori recebeu 2,5 mil alunos, 43% a mais do que no ano anterior. A maioria dos cursos é realizada dentro das organizações e setores como construção, serviços e governo estão entre os que mais procuram o treinamento.

Existem, contudo, profissionais que investem parte do salário em cursos dessa natureza. Viviane Pasko, gerente de marketing da Arcon, de serviços de segurança em TI, bancou recentemente um curso de apresentação. "A necessidade de aprimoramento deve ser uma constante na carreira de qualquer executivo", justifica.

Antes de saber como se expressar, no entanto, Viviane diz que é essencial dominar o assunto que será apresentado. "As técnicas de expressão servem para nos ajudar a fazer uma palestra mais interessante", diz.

Fonte: Valor Econômico

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País é o mais lento dos Brics para abertura de empresas


O tempo que se leva para abrir uma empresa no Brasil encolheu 20% nos últimos cinco anos, mas segue entre os maiores do mundo, segundo dados do Banco Mundial.

Os atuais 119 dias de processo já foram 152 em 2007. Apesar da melhora, somente quatro países exigem hoje mais paciência dos futuros empresários: Guiné Equatorial (137 dias), Venezuela (141), República do Congo (160) e Suriname (694 dias).

A burocracia empurra o Brasil para o 179º lugar no ranking global com 183 países. E em último entre os emergentes chamados Brics, grupo que inclui ainda Índia (29 dias), Rússia (30), China (38) e África do Sul (19 dias).

O Banco Mundial considera a maior cidade de cada país; no Brasil, São Paulo.

"Para abrir uma empresa no Brasil, são necessários registros nas três instâncias [federal, estadual e municipal] e, muitas vezes, é preciso esperar sair um documento para pedir o outro", diz Jorge Zaninetti, advogado e sócio do setor tributário do escritório Siqueira Castro.

Em número de procedimentos, segundo o Banco Mundial, o Brasil exige 13 -menos que os 17 de cinco anos atrás- para a abertura de uma empresa, como registro na Receita Federal e na Junta Comercial, inscrição na Previdência Social e obtenção do alvará municipal para funcionamento.

E, na maioria das cidades, todos os pedidos são feitos separadamente em cada órgão, o que contribui para deixar o processo mais lento e mais caro.

ESTRANGEIROS

"No exterior, é comum que a inscrição da empresa seja feita em uma única instância, que integra os procedimentos", diz Zaninetti. Na China, abrir um negócio custa um sétimo do preço do Brasil.

De acordo com o Banco Mundial, abre-se uma empresa com apenas um procedimento legal no Canadá e na Nova Zelândia. Já a liberação sai em um dia na Nova Zelândia, e em cinco no Canadá.

Se a empresa interessada em se instalar no Brasil vier do exterior, o número de procedimentos exigidos sobe para 15, pois envolve a regularização do executivo estrangeiro no país e o cadastro da empresa no Siscomex (Sistema Integrado de Comércio Exterior), da Receita Federal.

Para o estrangeiro se tornar responsável pela futura empresa no Brasil, precisa, primeiro, fornecer o endereço dessa companhia -que, por sua vez, depende do registro do executivo no país para ser aberta.

Assim, cria-se um "mercado" para resolver esse tipo de impasse, com brasileiros entrando como sócios em uma fase inicial para que um endereço seja informado e aceito. Depois que a empresa é aberta, altera-se o endereço.

"Muitas vezes esse "serviço" é oferecido por escritórios de contabilidade. Não é ilegal, mas é cobrado", diz Martim Machado, sócio do escritório Campos Mello Advogados. "É difícil para o estrangeiro entender como todo esse processo é lento e complicado no Brasil. Ele não chega a desistir, mas precisa rever e estender os prazos."

Fonte: Folha de São Paulo

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Unicamp bate recorde de royalties


A Inova Unicamp, agência de inovação da Universidade Estadual de Campinas, divulgou os resultados relacionados à atuação da Unicamp em 2011 no âmbito da inovação. Os números apresentados entre eles o recorde de R$ 724 mil em royalties por licenciamentos de tecnologias desenvolvidas na Universidade – colocam a Unicamp em um novo patamar de inserção no ecossistema nacional de inovação e de empreendedorismo.

De acordo com a Unicamp, a instituição, que tradicionalmente apresenta resultados muito fortes na proteção de sua propriedade intelectual – principalmente por meio de patentes – mantém o posicionamento de destaque no setor no ano de 2011 com 66 pedidos de patentes depositadas no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), próximo ao recorde histórico da Unicamp de 2005, com 67 pedidos de patentes no ano.

O número corresponde a um aumento de 29,4% no total de pedidos em relação a 2010. De acordo com a diretora de propriedade intelectual e transferência de tecnologias da Inova Unicamp, Patricia Magalhães de Toledo, os resultados positivos em proteção e transferência de tecnologia refletem o trabalho de planejamento que incluiu diversas mudanças para facilitar a interação com os pesquisadores da Unicamp e empresas.

Entre as melhorias que influenciaram os resultados positivos está a disponibilização para os pesquisadores da Unicamp do novo Sistema de Comunicação de Invenção on-line, em abril de 2011. O sistema permite realizar toda a interação com o pesquisador em um sistema web, o que facilita o início do processo de pedido de patente na universidade.

Roberto de Alencar Lotufo, diretor executivo da Agência, considera o resultado em proteção muito importante. Por outro lado, o diretor reforça que a atuação da Unicamp no ambiente de inovação é mais ampla e que o pedido de patente é apenas o início do processo para que a tecnologia se transforme em inovação.

“O principal objetivo da proteção da pesquisa acadêmica por meio de patentes é o de aumentar as chances de que os resultados das pesquisas feitas na universidade gerem inovação, isto é, se convertam em produtos e serviços para o bem da sociedade”, disse.

Neste sentido ele destaca dois indicadores como diferenciais: o de número de contratos de licenciamentos de tecnologia firmados com empresas e o de royalties recebidos em função destes licenciamentos. O primeiro passou de sete, em 2010, para 10 em 2011, e o segundo cresceu de R$ 191 mil para R$ 724 mil no mesmo período.


Agência FAPESP
Fonte: Portal Unicamp

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Faculdades poderão ser obrigadas a emitir diploma provisório


A Câmara analisa o Projeto de Lei 2995/11, do deputado licenciado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), que obriga as instituições de ensino superior públicas ou privadas a fornecer ao aluno uma declaração provisória gratuita imediatamente após a conclusão do curso universitário. Essa declaração teria validade até a emissão do diploma definitivo e poderia ser utilizada para comprovação de escolaridade em concursos e empresas.

O deputado lembra que a emissão do diploma definitivo, em geral, leva meses, prejudicando o ingresso de recém-formados no mercado de trabalho. “É absolutamente necessário que os interessados, após o término dos cursos, recebam documentos provisórios que os habilitem a exercer sua profissão ou a comprovar a conclusão dos estudos junto a órgãos, entidades e instituições que assim o exijam”, afirma.

A instituição que descumprir a norma, de acordo com a proposta, estará sujeita a multa e, em caso de reincidência, detenção do responsável por três meses ou prestação de serviços.

Hoje, a legislação não estabelece prazo para entrega do diploma por instituições de ensino superior. Segundo informações do Ministério da Educação, nesses casos, são aplicadas as punições previstas no Código Civil, e a instituição pode entrar em situação de descumprimento culposo mediante interpelação formal do interessado.

Tramitação
O projeto, que tramita em caráter conclusivo, será analisado pelas comissões de Educação e Cultura; e Constituição e Justiça e de Cidadania.

Fonte: Portal Agência Câmara

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Lei pode desestimular a concessão de bolsas de estudo por empresas

Uma lei editada em outubro está fazendo as empresas reavaliarem seus benefícios de concessão de bolsas e subsídios para educação, desde cursos de graduação até especialização e atualização técnica. Com a alteração da Lei nº 12.513, só ficam livres de contribuição previdenciária os valores de bolsas até R$ 933,00 mensais ou até 5% da remuneração do trabalhador. Vale o limite que for maior. Benefícios acima disso não contam mais com a isenção da contribuição. Antes não havia essa limitação.

Por conta da nova lei, o Laboratório Sabin alterou sua política de concessão de benefícios para educação, conta Juliana Alcântara, gerente de Recursos Humanos da empresa. Com cerca de mil empregados, a empresa, conta Juliana, limitou a quantidade de vagas para a concessão de bolsas de educação. O limite passou a ser 10% do quadro de trabalhadores. Antes era ilimitado, diz, e chegou a ser de 20% do total de funcionários.

Os cursos passíveis de subsídio também ficaram mais limitados. "Antes se um funcionário quisesse fazer direito e se encaixasse nos demais critérios, nós concedíamos bolsa. Agora não", diz a gerente. Segundo ela, a empresa deve investir apenas nos cursos alinhados ao negócio. "Como nosso departamento jurídico é terceirizado, não teríamos colocação para quem cursar direito."

Juliana diz ainda que a partir de agora a empresa será mais rígida nos critérios para aprovação da bolsa educação, levando em consideração, entre outros, tempo de empresa, notas mais altas na avaliação do desempenho, assiduidade e produtividade.

O laboratório, diz Juliana, concede bolsa de até 80% do curso de graduação, dependendo do tempo de casa e do cargo ocupado. "Há também os cursos de especialização ou congressos, que costumam representar despesas altas e são cobertos em 100%", diz Juliana.

A nova lei, porém, não teve efeito uniforme para todos. Há empresas que ainda estudam a legislação. É o caso da Natura, por exemplo. Por nota, a assessoria de imprensa da fabricante de cosméticos informou que "a área responsável ainda está entendendo o processo junto ao departamento jurídico". A Coelce também diz que está analisando o assunto para medir os impactos e informa que dará prioridade ao "bem-estar dos funcionários".

Outras companhias, como a distribuidora de autopeças Sama, do Grupo Comolatti, a Volvo e a BV Financeira afirmam que vão manter as regras de subsídios aos funcionários, mesmo com a nova lei. Esse também é o caso da Whirlpool Latin America. Por nota, a indústria de eletrodomésticos disse que, antes da legislação nova, seu programa de bolsas já era baseado na educação básica de seus profissionais, incluindo cursos de nível superior e pós-graduação. "No que tange aos valores trazidos na nova redação da lei, também não haverá impacto para a Whirlpool, uma vez que os critérios instituídos no seu programa de bolsas atendem às determinações legais".

Ao mesmo tempo em que criou uma limitação de valor, porém, a lei trouxe alterações que foram bem-recebidas. Em nota, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) diz que a nova lei é boa, pois expande os incentivos à formação profissional e tecnológica. A entidade informa que a área jurídica ainda estuda o assunto para identificar outras implicações das novas regras.

A legislação anterior permitia que a Receita Federal interpretasse que o custeio da educação dos funcionários ou seus dependentes só estaria livre da contribuição em dois casos: quando se trata da educação básica (ensino fundamental e médio) e de cursos de capacitação e qualificação profissional. Agora está expresso na lei que bolsas para cursos universitários e de pós-graduação, por exemplo, ficam liberadas do encargo previdenciário.

O advogado Fabio Medeiros, do Machado Associados, diz que deve haver controvérsia em relação aos limites de valor estabelecidos pela lei. Ele lembra que permanece a dúvida, no caso do descumprimento dos limites - 5% do salário ou R$ 933,00 mensais, o que for maior -, se todo o custo com educação seria tributado ou apenas o excedente. Medeiros defende a tributação apenas do valor que exceder os limites. "Mas a Receita provavelmente entenderá pela tributação integral", reconhece.

O advogado Alessandro Mendes Cardoso, do Rolim, Viotti & Leite Campos, afirma que, dependendo do tipo de curso, como um de alta especialização de engenharia no exterior, o valor do limite é baixo. "Por outro lado, isso estimula as empresas a investirem mais na formação dos que têm menos condições para financiar a própria capacitação".

A lei facilitou a concessão de bolsas sob outro aspecto. Antes da mudança legislativa, todos os empregados ou dirigentes deveriam ter a mesma possibilidade de fazer determinado curso. Agora, não existe mais essa exigência. "Não é factível a empresa não poder escolher para quem vale mais a pena pagar um curso. Com isso, alguns acabavam por não conceder nenhuma bolsa."

Para o advogado Guilherme Romano, do Décio Freire & Associados, a nova lei pode gerar discussões judiciais em razão do limite imposto ao benefício fiscal. "Não tem sentido o empregador conceder bolsas e, quanto maior o valor do subsídio, maior o risco dele ser autuado", afirma.

Fonte: Valor Econômico

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Aprenda a aprender rápido

A consultora Lígia da Silveira alerta que todo profissional deve ter sempre um plano B.

Lígia Nery da Silveira é psicóloga, coaching de carreira e head hunter. Em Porto Alegre, no comando da DCO, empresa de gestão de carreiras, e vice-presidente da ABRH-RS, Associação Brasileira de Recurso Humanos, ela faz na entrevista a seguir uma radiografia do mercado de trabalho. Ou melhor, de como profissionais e empresas estão sobrevivendo às novidades nas relações de trabalho. O recado de Lígia é simples: é preciso aprender a aprender rápido. Bons profissionais, segundo ela, sabem seus pontos forte, canalizam seus esforços para isso e não se acomodam em um emprego aparentemente confortável. Mesmo quando tudo vai bem é preciso ter uma carta na manga, um plano alternativo. Entenda como.

Estilo Próprio – Todo profissional, inclusive o que está aparentemente feliz com seu trabalho, precisa ter uma plano “B”?

Ligia Nery da Silveira – Sim. Dentro da história do mundo do trabalho, naturalmente a relação do trabalhador com a empresa era diferente do que precisa ser hoje. No passado, na chamada carreira tradicional, os empregados eram fiéis, competentes, dedicados e havia uma relação de mando. Você ia crescendo e ganhando reconhecimento. Hoje não é mais assim. As empresas precisaram romper com o pacto de fidelidade. Não adianta ser fiel a uma empresa, é necessário competência para competir. A relação no mundo do trabalho começou a mudar. O mercado mudou e a competitividade mudou. Estamos vendo o momento desta transição, é o que se chama carreira proteana. O nome tem origem no deus Proteus, uma divindade que muda sua forma de acordo com sua vontade. Hoje a carreira que as pessoas precisam ter é a que o trabalhador gerencie suas competências.

EP- Este é o trabalho do coaching, deste profissional que faz as vezes de orientador, treinador?

Ligia – Exatamente. O funcionário precisa ter consciência no que ele é bom, e no que ele ainda deixa a desejar. Precisa desenvolver. Ele precisa exercer o que tem desejo, o que o faz vibrar, dá tesão. O coach é quem ajuda nessa melhoria, é como o treinador do Cesar Cielo. O Cielo é um talentoso nadador, mas tem uma hora que tem um limite que ele não consegue mais alcançar aqueles milésimos. Precisa de alguém olhando aquele dedinho, alguém que analisa e mede cada movimento, e ajuda a aperfeiçoar-se ainda mais e chegar ao pódio. O coach - este nome veio do mundo do esporte, significa treinador – é hoje aplicado no mundo organizacional e apareceu justamente para isso. É para ser aquela pessoa que vai assoprar as brasas, que vai ajudar para que o trabalhador tenha consciência do seu potencial competitivo e vai o ajudar a montar um plano de ação e adquirir mais disciplina. Na minha opinião, coaching é expansão de consciência e metas.

EP – A Petrobras, maior empresa brasileira, terá uma mulher como presidente. O Brasil tem uma mulher na presidência. Ainda se pode falar de competências masculinas e femininas?

Ligia – No passado, as mulheres podiam ser professoras, enfermeiras, donas de casa... Até que começaram a transgredir. As mulheres estão em tempo cronológico atrás dos homens. Hoje a camada de coordenadoras, supervisoras e gerentes vem crescendo assustadoramente e vertiginosamente. Só não temos mais mulheres presidentes de empresa e diretoras porque ainda não deu tempo.

EP – O ambiente coorporativo, então, ainda irá sofrer mais transformações pela presença feminina?

Lígia – Sim, porque as mulheres tem competências e características um pouco diferentes. As mulheres são emocional e intelectualmente diferentes. E a chegada da mulher no mundo do trabalho traz essas competências que, se somadas às dos homens, vai ser muito rico para a economia dos países. A mulher tem mais emoção, senso de organização e a capacidade de multitarefas. As empresas buscam justamente isso, este olhar muito sistêmico. Por outro lado, ainda existe uma diferença salarial. Pessoalmente, em 30 anos de trabalho, não vi isso. Mas sei que existe.

EP– Mas ainda existem ambientes onde as mulheres não estão presentes?

Lígia – Sim. Mas vai equilibrar cada vez mais. Uma área em que poucas mulheres resolveram se aventurar é na área de TI. Empresas como Oracle, Microsoft, Google tem poucas mulheres na área de TI. Por outro lado, Recursos Humanos tem mais mulheres que homens. Nos indicadores da ABRH de participação em eventos, é impressionante o domínio feminino.

EP – Uma relação ainda confusa em muitas empresas é a que se refere à convivência e aceitação da geração Y. O que falar então da Z?

Lígia – A Y e a Z vêm chegando. Mas é preciso pensar... Esses jovens são os filhos que foram criados pelas babás, com os pais trabalhando fora o tempo todo. Eles cresceram com o vídeo game e todo o aparato tecnológico disponível. Isso originou os nativos digitais. É possível ir à Tailândia em um clique, não há fronteiras e a noção de tempo e distância foi sacada da geração Y pela internet. O reflexo na vida corporativa é a impaciência. O funcionário quer falar com o presidente, vai enviar um e-mail, sem marcar hora com a secretária, dispensando a formalidade. O jovem quer ser feliz hoje, e não no dia 30 de cada mês. Ele não vai esperar 60 anos para ser feliz, porque viu uma geração que não conseguiu isso.

EP – Mas a geração Z também está sendo chamada de I... Insubordinada, Indisciplinada, não?

Lígia – Mas eles não agem por mal. Eles foram criados nessa rapidez. Falam da geração Y como se fosse produzida em Marte. A geração Y é representada por nossos filhos, nós criamos nossos filhos assim.

EP – Como apresentar a noção de hierarquia para eles, por exemplo?

Lígia – É a habilidade do mais velho, aliada à habilidade do mais jovem que vai fazer o futuro. Não falem “OU”, comecem a usar “E”. Nós temos que aprender a ser mais rápidos com a geração Y, não ter tanta hierarquia, mais informalidade, porque isso nos faz andar mais rápido – o mundo está pedindo. Os jovens precisam aprender um pouco de tempo, de calma. Uma geração precisa ensinar a outra. Os mais velhos chegam a sentir inveja dessa gurizada, porque eles dizem o que pensam, fazem o que querem.

EP – Pelo seu relato, as relações de trabalho se tornaram menos padronizadas. Isso?

Lígia – Claro, nós temos uma legislação trabalhista que ainda exige bater o ponto. Mas quem disse que a criatividade tem hora? Tem gente que trabalha bem à noite, outros durante o dia. O que interessa é fazer o que é preciso e cumprir suas funções, independentemente da hora. É obrigatório haver uma mudança de postura, não só nesse sistema, mas na legislação, nas universidades, nas empresas. Estamos vivendo um momento histórico de transição.

EP – Tem como prever mais mudanças? As relações de trabalho ainda mudarão muito?

Lígia – Agora levantou muita poeira, está muito em evidência, e está vindo em cascata para o Brasil, o que está acontecendo na China, onde o povo sai da agricultura e ruma para a cidade. Estamos vivendo uma grande revolução, muito bonita. Claro, com muitos problemas, mas todo problema é uma grande oportunidade de desenvolvimento. É o paradoxo do tempo. Antes tínhamos crises econômicas e cambiais de 10 em 10 anos, ou de cinco em cinco. Hoje em dia começaram a chegar de dois em dois anos. Agora acordamos com a Grécia com o problema resolvido, no outro dia já entrou Portugal. Um dia o câmbio sobe, no outro desce. Então o que interessa realmente – o que é a grande competência para jovens, velhos, para empresas, para um país –, é aprender a aprender rápido. Quem souber aprender a aprender rápido vai se sair bem. Só a pressa não salva. A gente tem que aprender a parar de julgar. O que interessa é estar adequado ao momento, independentemente de raça, gênero, idade. O importante é so mar e lembrar que se o funcionário é feliz, a empresa vai ter sucesso.

Fonte: Portal Zero Hora

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Reconhecimento de mestrados aumenta


Empresas já reavaliam estigma de que curso é "puramente acadêmico"

Os empregadores, ao avaliar ou sugerir um curso de aperfeiçoamento, pensam primeiro na modalidade lato sensu, associada a aplicações práticas.
Companhias de ponta, contudo, crescentemente têm reconhecido o mestrado como melhor opção de estudos.

Um dos fatores para tanto, segundo o consultor Paulo Buchsbaum, tem sido justamente a precariedade de muitos cursos lato sensu, como os MBAs, que se multiplicaram desenfreadamente.

"A qualidade média dos cursos de MBA e pós lato sensu deixa a desejar. Então o mestrado pode ser bastante interessante, porque envolve outro tipo de profundidade acadêmica", analisa.
Segundo ele, fatores como esses fazem com que "mais e mais empresas comecem a enxergar o mestrado com outros olhos e não apenas como um curso puramente acadêmico". "Essa visão mais ampla e menos preconceituosa é mais alinhada com a dos países de primeiro mundo."

PERFIL DA EMPRESA
A consultora Dulce Magalhães afirma que o perfil da companhia determina a opção pela melhor pós. "Empresas com foco em pesquisa e desenvolvimento de produtos terão preferência por mestrados e doutorados", diz.

"A pós lato sensu serve para refletir sobre áreas específicas do negócio, como RH e marketing. O MBA segue em alta para executivos porque oferece uma vantajosa combinação de conhecimento, aplicabilidade e networking."

Fonte: Folha de São Paulo

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Facebook é mídia social que mais cresce no Brasil


Atualmente o Facebook, rede de interação social, conta com 800 milhões de usuários. No Brasil há 37,9 milhões de pessoas conectadas a rede, que ultrapassou a plataforma do Google, o Orkut, recentemente. - O poder da mídia social criada pelo americano Mark Zuckerberg é tamanha que, na última semana, a empresa solicitou o pedido de abertura de capital (IPO, sigla em inglês) a Securities and Exchange Commission (SEC), que regulamenta o setor nos EUA.

A expectativa é que a empresa, consiga arrecadar US$ 5 bilhões, número maior que as cifras arrecadas pelo Google - US$ 2 bilhões em 2004. Dados como este, mostram o valor do ambiente on-line. Outro ponto de destaque é o crescente números de lojas virtuais no País.

Dados da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico apontam que, em 2011, o segmento movimentou cifras maiores que R$ 18 bilhões e que para esse ano, o valor possa dobrar. Além das lojas virtuais, clubes de compras coletivas também foram os responsáveis por impulsionar o setor.

Estima-se que o Brasil possa se tornar o quarto País com maior potencial de mercado em menos de quatro anos. A tendência é que o consumidor procure mais pelas vendas virtuais devido a comodidade, maior variedade e ambientes mais seguros.

Fonte: DCI

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Olimpíadas 2016: 1 milhão de vagas para capacitação até 2014


Os beneficiários dos programas Bolsa Família e de Prestação Continuada (BPC) e inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais podem participar de programas de qualificação e capacitação técnico-profissional oferecidos pelo governo federal sem perder o benefício. “Fazer o curso não implica perder o Bolsa Família ou o Programa de Prestação Continuada, mas conseguir um emprego e ganhar um salário”, explica o diretor de Inclusão Produtiva Urbana do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Luiz Müller.

Uma vez que a pessoa consiga um emprego e passe a ter uma renda per capita superior a R$ 140 por família, ela continuará integrada no Cadastro Único. Em alguma situação em que perder sua condição econômica, poderá receber novamente o benefício. “Tanto o Bolsa Família é um direito como o acesso ao mercado de trabalho e a qualificação profissional também. A ideia é possibilitar que os beneficiários construam sua autonomia financeira”, diz o diretor.

O Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) está integrado à estratégia do Plano Brasil Sem Miséria, que tem como meta erradicar a pobreza no País. É uma parceria entre os ministérios do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e da Educação (MEC). As prefeituras são mobilizadas e os cursos executados pelos serviços nacionais de Aprendizagem Comercial (Senac) e Aprendizagem Industrial (Senai) e as instituições federais de educação profissional e tecnológica. Um milhão de vagas serão abertas até o final de 2014.

Autonomia

Os cursos são gratuitos e iniciam em datas variadas, conforme acordo das secretarias municipais de assistência social e as entidades que realizarão as capacitações. Em algumas cidades com mais de 100 mil habitantes, as aulas já começaram. Os municípios menores devem iniciar os cursos até o final desse ano. A pré-inscrição é feita pela prefeitura, por meio da área da assistência social, geralmente pelos Centros de Assistência Social (Cras).

As capacitações são nas áreas de serviço, comércio, construção civil e indústria, com carga horária que varia de 160 a 400 horas. Os beneficiários recebem certificado e educação profissional de qualidade. “Os cursos estão de acordo com a demanda apresentada pelo empresariado local e a prefeitura”, explica Luiz Müller. “Não se trata só de oferecer um curso, mas de possibilitar que as pessoas consigam construir sua autonomia. Que seja a porta de entrada para o mercado de trabalho.”

É o que espera João Batista Borges Correa, residente do assentamento Renascer em Sobradinho 1, cidade-satélite do Distrito Federal. “Se você faz um curso prático, que sabe que vai ter um emprego, uma garantia, você olha lá na frente. Todo mundo tem um sonho de consumo, como comprar uma casa, um carro, presentes para os filhos, um alimento de qualidade. Como conseguir isso? Com o próprio trabalho.”

João Batista quer trabalhar no que gosta e se inscreveu em um curso do Pronatec. “Encontrei o curso dos meus sonhos: quero ser técnico elétrico e trabalhar para poder ter a minha liberdade”.

Fonte: Portal Governo do Brasil

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A força do empreendedorismo jovem

O Brasil tem ganhado posição de destaque quando se fala em empreendedorismo jovem. O País alcançou a terceira colocação do ranking GEM (Global Entrepreneurship Monitor) de jovens participantes no mundo dos negócios, com aproximadamente quatro milhões de novos empreendedores nos últimos três anos.

De acordo com o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), os jovens com idade entre 18 e 34 anos – pertencentes à chamada geração Y – têm dominado o mercado autônomo, com 52% de participação. E a expectativa é de que essa tendência não apenas se consolide, mas também se intensifique, levando em conta que a pirâmide etária brasileira nunca teve tantas pessoas em idade produtiva como agora. Há cerca de 30 anos, a maior parte da população era de crianças e adolescentes; em contrapartida, nos próximos 30 anos, teremos um número significativo de idosos e aposentados. Essa perspectiva, aliás, já preocupa governos e analistas econômicos, que apontam a urgência de adequar a previdência social às demandas que inevitavelmente irão advir desse novo cenário.

Mas os jovens empreendedores de hoje estão revolucionando o mercado. Dotados de espírito empreendedor, coragem para arriscar, dinamismo e flexibilidade, além de uma capacidade ímpar de enxergar saídas e soluções – característica própria de quem cresceu em uma economia globalizada, com novas tecnologias surgindo a cada dia –, eles gostam de inovar, quebrar paradigmas, não têm medo de ousar e estão sempre em busca de novos desafios e resultados rápidos.

Ser empreendedor é mais do que ser um administrador eficiente. Empreendedorismo é uma soma de atitudes e ações, e o verdadeiro empreendedor é aquele que determina seu próprio futuro, pois tem um diferencial visionário. Por isso, ele tem um papel estratégico nas organizações, enquanto o administrador pensa no presente e coordena atividades diárias.

Além das características mencionadas, é fundamental que esses empreendedores tenham perfil de liderança para serem bem-sucedidos. Somente assim eles serão capazes de estimular as pessoas envolvidas a alcançarem os objetivos da empresa, e eles próprios conseguirão colocar em prática os procedimentos e inovações desejados.

Para exercer essa liderança, os empreendedores precisam desenvolver a capacidade de comunicação com a equipe de trabalho, criando uma relação de confiança. No mundo atual, temos que lidar com mudanças muito rápidas e diariamente, na vida de um empresário, surgem novos processos, tecnologias e assuntos diversos e complexos. Por isso, estes líderes têm que ser facilitadores, unindo os interesses da empresa às necessidades dos colaboradores.

É fundamental, ainda, ter conhecimento necessário para tomar as decisões estratégicas do dia a dia, além de autoconfiança, energia, persistência, aceitação de riscos e, principalmente, iniciativa. Afinal, diante dos problemas, é necessário agir e partir para a solução. O líder deve encarar os objetivos como desafios e manter sempre a visão de longo prazo, sem esquecer as necessidades de curto prazo.

Há, ainda, outras características imprescindíveis para o êxito de um líder empreendedor, como experiência, competência, conhecimento e os atributos pessoais que garantem a sua individualidade. Tendo tudo isso em mente, é importante que o líder busque atualização e qualificação constante. Assim conseguiremos ter empreendedores cada vez mais fortes e bem-sucedidos.

O setor da construção civil tem conseguido destaque em empreendedorismo no Brasil. Mais de 15% das empresas do setor são consideradas empreendedoras, enquanto a média nacional, somando-se todos os setores, é de 8,3%, de acordo com o IBGE. São consideradas empresas empreendedoras, ou de alto crescimento, as que têm 10 ou mais funcionários e apresentam expansão média de assalariados maior de 20% ao ano, por um período de três anos.

Para seguir esse exemplo, deve-se por em prática o empreendedorismo e a liderança, a fim de criar um planejamento estratégico que leve em conta informações sobre concorrentes, fornecedores, possibilidades de novos negócios e novas oportunidades, estimulando a geração de empregos e ajudando a desenvolver o País.

Fonte: Secovi - SP

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Profissionais de sustentabilidade buscam orientação fora da empresa


O espaço Hub, em São Paulo, costuma ser local de encontro e trabalho para profissionais freelancers e empreendedores, mas também possui entre seus clientes fixos funcionários de grandes empresas que usam o espaço para trabalhar remotamente. Pelo contato com essas pessoas, o professor da escola de negócios Fundação Dom Cabral (FDC) Heiko Spitzeck, o criador do Hub, Pablo Handl, e Ana Biglione, responsável pelo desenvolvimento de processos formativos, perceberam uma vontade comum de desenvolver um ambiente para debater ideias relacionadas à sustentabilidade e causas sociais. A motivação veio de um descontentamento com a falta de espaço para discutir projetos dessas áreas nas grandes organizações.

“A maioria dos funcionários das grandes empresas não tem vontade suficiente para empreender um negócio próprio e alguns estão conscientes que fica mais fácil alcançar o impacto desejado quando se faz parte de uma grande companhia”, explica Spitzeck, que em outubro do ano passado voltou de uma viagem à Inglaterra, onde estudou o tema intraempreendedorismo – termo cunhado pelo americano Gifford Pinchot III na década de 80 que significa empreender e incentivar a inovação dos funcionários dentro das empresas.

Assim surgiu um projeto piloto liderado por Handl, Spitzeck e Ana. Foram cinco encontros entre outubro e dezembro do ano passado com dez profissionais de empresas como Google, Natura, Johnson & Johnson e Danone. Com diversos níveis de experiência, os participantes possuem o mesmo objetivo: identificar os melhores meios de promover mudanças em direção a um mundo mais sustentável, com ideias nascidas dentro das organizações.

Ao longo do período, os funcionários compartilharam experiências e ideias a fim de conhecer casos que deram certo, desenvolver estratégias e até discutir a melhor forma de abordar um projeto novo com o chefe. Ao fim dos encontros, cada participante apresentou uma ideia de sua autoria, com a promessa de que o próximo passo seria levá-la ao conhecimento da empresa.

Gerente de sustentabilidade da Danone, Lucas Urbano foi convidado por conhecidos a participar do grupo para compartilhar suas experiências bem-sucedidas na empresa, na qual entrou em 2008 como trainee. Para o engenheiro ambiental, que passou a fazer parte da área de sustentabilidade quando ela começava a se desenvolver na Danone Brasil, a troca de experiências com pessoas de outras empresas foi um ponto forte do projeto. “É muito importante ver como o assunto é abordado em outras companhias e como outros profissionais lidam com conflitos relacionados ao tema”, explica.

Na Danone, Urbano fez parte de um projeto que mudou 96% da matriz energética da fábrica para fontes renováveis e agora desenvolve uma parceria com o Instituto Nenuca de Desenvolvimento Sustentável e o Movimento Nacional dos Catadores. A meta é construir uma rede de cooperativas de catadores de lixo reciclável em Poços de Caldas e Jacutinga, no sul de Minas Gerais. Lançado em novembro, o projeto foi desenvolvido a partir de oito meses de discussões com os catadores e membros das comunidades da região, onde a Danone possui plantas, e beneficiará 24 cooperativas já existentes.

Urbano acha que as organizações já entendem que ações desse tipo são uma oportunidade de negócio e estão dando mais espaço para intraempreendedores apresentarem suas ideias sustentáveis. “O desafio do profissional da área é fazer esse espaço crescer”, explica. Apesar das reuniões do programa de intraempreendedorismo terem acabado, Urbano diz que o grupo mantém o contato pela internet. Spitzeck e Handl pretendem dar continuidade ao projeto em 2012 e querem ampliar o círculo de envolvidos (interessados em participar podem escrever para o intraempreendedorismo@gmail.com).

Realizado desde 2007, o Café com Sustentabilidade também busca reunir, em São Paulo, profissionais de diferentes empresas para debater questões ligadas ao tema. A sócia-fundadora da consultoria Apoena Sustentável e idealizadora do encontro, Andrea Goldschmidt, diz que teve a ideia quando percebeu que muitos dos clientes que chegavam à empresa com intenção de desenvolver projetos na área compartilhavam das mesmas dúvidas e desafios. Com dez encontros por ano em grupos de 20 pessoas, hoje o Café atrai uma mistura de profissionais que já desenvolvem trabalhos na área e iniciantes que possuem dúvidas de como começar.

Cada café da manhã, promovido toda terceira quarta-feira do mês, aborda um tema estratégico para o assunto sustentabilidade e promove a apresentação de um caso relacionado ao tema. Muitos participantes repetem a dose e mantêm contato ao longo do ano, mas Andrea reforça que os encontros vão além do networking. “A ideia é discutir os temas e construir conhecimento entre empresas de diversos segmentos”, explica. O Café mantém um blog para divulgar o material dos encontros passados. Ali, é possível entrar em contato para participar da iniciativa.

A coordenadora de responsabilidade social do Santander, Emanuelle Magno, participou de três encontros no ano passado, como ouvinte e apresentando casos do banco. Para ela, a troca de experiências com profissionais tanto de organizações do mesmo segmento quanto de outras áreas do mercado é essencial para se manter atualizada no assunto. “Os temas tratados são diversos e de vanguarda e sempre aprendemos coisas novas”, diz. “Quando possibilitam avanços das nossas práticas, aplicamos na empresa."

Fonte: Valor Econômico

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