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Clichês que os empreendedores devem abandonar


Algumas expressões são tão usadas no universo empresarial que passam a ser vazias. A figura do empreendedor que não desiste nunca e vive com a “barriga no balcão”, por exemplo, ainda é bastante aclamada, mas já não é a ideal. Empreender, no entanto, vai muito além dos clichês que tentam definir esta atividade.

O tal mundo dos negócios exige criatividade e originalidade, seja para atrair mais clientes ou convencer um investidor-anjo. Por isso, abrir mão de jargões, frases feitas e conceitos genéricos é importante para mostrar como seu negócio pode mesmo ser diferente dos outros.

1. Empreendedor tem que persistir sempre

A padronização dos comportamentos empreendedores é quase inevitável e, de repente, todo empreendedor virou inovador, persistente e pronto a correr riscos. “Empreendedor não tem que persistir a todo custo. Tem que aprender com os erros”, diz Leonardo Marchi, sócio-diretor da consultoria Praxis Education.

Vale a pena sim investir na sua ideia, mas saber a hora de parar e recomeçar, se for o caso, é mais importante do que seguir sempre o mesmo caminho. “Empreendedor precisa persistir e continuar, mas não cometer o mesmo erro duas vezes”, ensina Marcelo Nakagawa, professor e coordenador do Centro de Empreendedorismo do Insper.

2. Esta é uma oportunidade única

Quando o empresário lida com um público maior e geral, a frase acima não funciona. “Se o objetivo é fazer com que os clientes se sintam exclusivos, o efeito é completamente contrário quando direcionado para o mercado de massa”, explica Cassiano Farani, sócio-diretor da 99Canvas. Se você atua em um mercado de nicho e com um número reduzido de clientes, a frase até pode funcionar. Mas vale a pena tentar pensar em formas mais criativas de atrair este consumidor.

3. Aumente as vendas para ter sucesso

Vender é uma parte crucial da operação das empresas. Mas aumentar os volumes de venda a qualquer custo não é necessariamente sinal de mais lucros. “Você precisa aumentar a qualidade das vendas, vender com mais resultado e mais lucratividade. Eventualmente, algumas empresas que aumentam a venda podem até quebrar, se houver pouca margem de lucro”, alerta Marchi.

4. Barriga no balcão faz toda diferença

Todo empresário tem que estar, de alguma forma, envolvido com o negócio. Mas ficar todo o tempo na operação não é necessariamente a melhor coisa para a empresa. “Isso já foi verdade, hoje não é. Ele precisa estar atento a movimentos de mercado, que são externos e não estão dentro da empresa. Ele precisa sair, fazer cursos e analisar outras empresas em diferentes segmentos”, explica Marchi. Segundo o consultor, ficar todo o tempo no ponto pode até atrapalhar a operação e diminuir o resultado.

5. É sua última chance de fazer negócio com os melhores do mercado

O primeiro problema com essa expressão é declarar-se “o melhor” do mercado. “Quem é o melhor não anuncia que é o melhor. Certamente os formadores de opinião e os clientes sabem disso. Soa falso esse tipo de conduta”, diz Farani. O seu anúncio deve indicar os diferencias da empresa e outras características importantes na visão do consumidor . “O cliente deve desconfiar de propagandas agressivas de entidades que se colocam como referência no que fazem. Isso mais parece desespero e uma falsa visão de si mesmo”, explica.

6. Franquia é sucesso garantido

Para os especialistas, além de ser um clichê, esta frase é uma grande mentira. “Não existe garantia de sucesso em nenhum negócio. Tem sempre um risco”, afirma Marchi. Os empreendedores não podem se iludir com um negócio já formatado. “Algumas pessoas compram achando que o sucesso é certo porque já tem padrão, processos e produto. Isso não é verdade. Tem que trabalhar para tirar resultado desse negócio”, ressalta.

7. O meu produto é tão inovador que não tem concorrente

Segundo os especialistas, além de ser uma frase feita, esta expressão demonstra a falta de preparo do empreendedor. “O empreendedor se apaixona pelo negócio e não consegue observar o que está em volta. Ele está tão obcecado que vê algo parecido, mas não vê que pode derrubar o negócio dele”, diz Nakagawa.

Ficar alardeando “novos conceitos” também não é legal. “Coisas novas e que chamem a atenção não precisam ser anunciadas dessa maneira. Algo que é realmente novo, ou pelo caráter inovador do produto ou de seu modelo de negócios, não precisa desse título”, opina Farani. Isso demonstra amadorismo, pobreza de vocabulário e uma estrutura engessada e presa a velhos paradigmas na visão dos investidores.

8. O líder bom é aquele que as pessoas obedecem

Liderança e autoridade foram conceitos confundidos por muito tempo. Até hoje, há quem acredite e defenda o líder que controla tudo e só “manda” nas pessoas. “As pequenas empresas que dão resultado tem pessoas inspiradoras, que conquistam o respeito dos colaboradores para que façam um trabalho de maior qualidade”, diz Marchi.

9. Sempre tem espaço para mais um no mercado

Acreditar que um negócio vai dar certo só porque está na moda é uma furada. “É como a tática do futebol japonês: o time todo está na bola”, brinca Nakagawa. Quando aparece um negócio diferente, como aconteceu com os sites de compras coletivas, centenas de empreendedores apostam naquele tipo de empreitada e muitos fecham em pouco tempo por falta de estudo do setor.

10. Temos soluções 360 graus

Este é outro clichê que ganhou espaço na publicidade das empresas nos últimos tempos. Para Farani, o principal problema é a obviedade da expressão. “Todas as soluções, por definição, deveriam ser 360 graus, ou seja, abranger as necessidades do cliente naquilo que se propõem a fazer”, diz. Para ele, se essa solução não lhe atender 100% ao cliente, ele certamente vai buscar algo melhor na concorrência.

11. Marca forte é tudo

Muita gente ainda defende por aí que uma marca forte faz milagre pelas empresas. Cuidado: nenhum cliente compra só por conta da marca. “Você precisa ter um conjunto de coisas: marca forte, produto bom e atendimento muito bom. Não adianta só marca e produto, a interação das pessoas do negócio com o cliente tem que ter uma alta qualidade também”, explica Marchi.

Fonte: Portal Exame

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O comércio do futuro não é mais ficção


Ana passa em frente a sua loja de roupas preferida quando recebe uma mensagem no smartphone: "Ei, você não quer aproveitar as ofertas de hoje?" Ela reluta, mas recebe uma nova mensagem com diversos modelos de acordo com suas preferências de estilo e cor e sapatos combinando. Apesar de estar atrasada, resolve "dar uma olhadinha". Ao entrar na loja, uma vendedora a conduz para o provador, onde as peças que ela escolheu estão à sua espera. Ana então prova as combinações sugeridas e manda um vídeo para as amigas.

Depois de uma rápida enquete, ela decide levar alguns produtos mas, ao escanear um código de barras com seu smartphone, um alerta mostra que uma outra loja oferece o mesmo par de sapatos por um preço 20% menor. A vendedora rapidamente cobre a oferta. Ao deixar a loja, Ana é reconhecida por um scanner em tamanho real que imediatamente a envia uma nova mensagem: "Você acaba de ganhar 60% de desconto no setor de perfumaria e cosméticos". Ana reluta outra vez, mas decide levar uma nova fragrância de sua marca predileta que acaba de chegar à loja. Com um simples toque, ela confirma a compra e agenda a entrega do produto para o mesmo dia em sua casa.

Desafios. Tudo isso ainda parece história de filme de ficção, mas está mais perto do que boa parte dos varejistas imagina. Em menos de cinco anos, a interação entre comércio e consumidor será feita por uma ampla gama de canais: de malas-diretas a redes sociais; de call centers a televisores. Os mais diversos tipos de produtos e serviços estarão ao alcance de um clique no celular conectado à internet, em casa ou no trabalho, na praia ou na consulta ao dentista.

É o chamado varejo omnichannel, uma experiência de vendas integrada que une as vantagens das lojas físicas à abundância de informações da Internet, e que pode ser encarada como estratégia de sobrevivência para o comércio tradicional. Quem não ficar atento a essa nova perspectiva pode estar fadado a comer poeira.

Não há dúvidas de que o público consumidor está pronto para a revolução omnichannel, principalmente, porque a maior parte da tecnologia já está disponível. Até 2016, haverá um total de 7,1 milhões de tablets como o iPad ativos no Brasil e a penetração de smartphones continua crescendo aceleradamente. Segundo o instituto de pesquisa Forrester, o comércio eletrônico já responde por 9% do total das vendas no varejo, movimentando cerca de US$ 200 bilhões anualmente só nos Estados Unidos. Cinco anos atrás esse índice era de 5%. No Reino Unido, o e-commerce já responde por 10% do mercado.

É preciso fazer com que o ato de comprar em lojas físicas também seja uma experiência estimulante e envolvente. Há obstáculos para que a ficção se torne realidade. O domínio da tecnologia é um deles. Poucos estão preparados ou dispostos a aplicar novas ferramentas. Para mudar esse cenário, é necessário sair em busca de novos profissionais, mais jovens e familiarizados com o mundo digital.

O desafiador futuro do comércio digital exige que as empresas deixem de encarar as vendas apenas pelo critério de "mesmas lojas" e passem a se concentrar em parâmetros como o retorno sobre o capital investido. É preciso reconhecer que essa mudança de filosofia de negócios não é uma tarefa simples, já que a febre do e-commerce durante a bolha pontocom traumatizou boa parte das empresas.

Prova desse equívoco foi dada por um estudo da Bain, que mostra como a cotação de varejistas em bolsa é fortemente relacionada ao retorno sobre o capital investido e ao crescimento. Hoje, o varejo digital - no mundo - já é altamente rentável. A média do retorno sobre o investimento em cinco anos da Amazon, por exemplo, é de 17%; já em lojas tradicionais de desconto e de departamentos, é de 6,5%.

Os varejistas tradicionais tendem a acreditar que sua clientela fiel estará sempre aí. Mas, à medida que vão conhecendo o comércio omnichannel, os consumidores aceitam cada vez menos os defeitos das lojas tradicionais. Conseguir um vendedor é tarefa difícil. Quando enfim aparece, não sabe informar detalhes do produto. Item em falta é algo corriqueiro. As filas para pagar são grandes. Devolver um produto é sempre uma via crúcis.

A chegada do mundo omnichannel intensificará a batalha entre varejo tradicional e vendas online. Uma batalha que já está sendo vencida pelo e-commerce, que pouco a pouco "rouba" os consumidores do velho varejo. Criar uma estratégia omnichannel é um passo inevitável que não deve ser postergado. É preciso seguir em frente já.
Fonte: O Estado de São Paulo

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Como as redes sociais guardam os seus dados


Saiba como se proteger de todos os sites que guardam um volume cada vez maior de informações a seu respeito
Risco de deixar tanta informação nas mãos de Google e Facebook retomou a discussão sobre o trato e a propriedade do conteúdo que geramos


São Paulo - Proteja-se do Google e do Facebook, do Pinterest, do Tumblr e de todos os sites que guardam um volume cada vez maior de informações a seu respeito. Qual é o limite para o uso desse conteúdo? Quem pode acessá-lo? Como é guardado? A velha discussão sobre privacidade volta a se acirrar com mudanças recentes feitas por esses serviços web em seus termos de uso.
Usei o Gmail entre 5 de março e 1 de abril deste ano para enviar 418 mensagens para 96 destinatários e receber 1.253 e-mails de 230 contatos. Fiz 718 buscas no Google usando um iPad, um celular com Android e um PC com Windows para acessar o YouTube. Voltando no tempo, vejo que recorri ao buscador por 25.751 vezes, sendo 30% delas para procurar imagens, e que, em 16 de fevereiro de 2009, usei o Google Maps às 22h05 para escolher um hotel para as férias.
Voltando ainda mais, vejo que comparei preços de um computador com processador Phenom 9.900, em 20 de março de 2008, às 15h51. Melhor parar por aqui. Esse exemplo é apenas uma amostra da quantidade de informações recolhidas pelos 60 serviços do Google que usamos quase diariamente e ver o quanto a empresa sabe sobre seus usuários.
Armazenar uma biografia detalhada de nosso perfil virtual é a forma que o Google encontrou para oferecer, sem custos, serviços como Gmail, YouTube, Chrome, Docs, Maps e outras ferramentas úteis na web. Pela lógica do Google, o item mais valioso é o conhecimento dos hábitos de seus usuários. De posse desses dados, a venda de publicidade torna-se mais eficaz e a empresa traça um perfil de seus milhões de consumidores que nenhum instituto seria capaz de fazer.
Os esforços para criar uma experiência mais simples e intuitiva para a propaganda exibida nos produtos do Google levam em conta o conteúdo de pesquisas atuais, do passado, cliques em anúncios, localização, histórico de visitas a outros sites, conteúdo de e-mails, posts clicados como +1 na rede Google+ e até apps instalados no celular. Dessa forma, é possível personalizar serviços, que "adivinham" o que queremos comprar ou com quem vamos falar antes mesmo de digitarmos uma palavra.
Mas será que isso é bom? Você sabia que está sendo monitorado dessa forma e que concordou formalmente com isso? “Toda essa coleção de informações cria um ‘eu digital’ e muitas decisões sobre a vida podem ser tomadas com base nessa entidade: oportunidades de emprego, liberação de crédito e até o preço do seguro”, disse Bill Kerrigan, CEO da empresa de segurança Abine, criadora do Protected Search, ferramenta que esconde seus dados do Google. Falhas de segurança, roubos de aparelhos ou de senhas, abusos por parte de autoridades e eventuais barbeiragens de sites, como o Google, podem deixar seus dados mais vulneráveis do que nunca.
A privacidade do internauta abre-se ainda mais com o elo criado entre a rede social Google+ e os diversos serviços da empresa. Além das informações geradas pelos próprios usuários, tudo começa a ser relacionado com os dados de seus contatos. Diz sobre isso o CEO do Google, Larry Page, em carta aos acionistas: “Temos um Googler veterano aqui chamado Ben Smith. Acontece que ele não é o único Ben Smith do mundo. Hoje, é difícil para o Google encontrar o Ben certo para mim, pois existem muitas pessoas com perfis online e fotos que têm esse mesmo nome.” Continua Page: “O Google+ ajuda a resolver esse problema porque faz o buscador entender as pessoas e suas conexões, trazendo o Ben certo para mim, com links e fotos.”
O risco de deixar tanta informação nas mãos de Google, Facebook e outros serviços web retomou a discussão sobre o trato e a propriedade do conteúdo que geramos ao usar a internet. Onde ele está armazenado? Como é usado? Quem pode acessá-lo? Esse conteúdo é mesmo apagado quando desejamos? Para tentar esclarecer essas dúvidas e oferecer mais transparência, Google, Facebook, Tumblr e Pinterest recentemente reformularam sua política de privacidade.
Reação ao Pinterest
Maior destaque entre as redes sociais em 2012, ao menos até agora, o Pinterest escorregou ao lidar com os dados de seus usuários e eclipsou uma história que até então era apenas de sucesso e crescimento vertiginoso. De acordo com a empresa de pesquisas ComScore, o Pinterest foi o site que mais rápido quebrou a barreira de 10 milhões de usuários mensais, mas seu ritmo de crescimento médio caiu de 85%, em fevereiro, para 18% em março. O que deu errado?
Num esforço para reformular sua política de privacidade, o Pinterest tentou convencer os usuários a ceder completamente o direito das imagens postadas no site. Dizia o novo contrato: o usuário “não é o dono exclusivo de todo o conteúdo que publica por meio do site Pinterest, do seu aplicativo ou de seus serviços e cede todos os direitos, licenças e consentimentos necessários para garantir que o Cold Brew Labs (dono do Pinterest) tenha todos os direitos sobre esse conteúdo”.
Como o Pinterest serve essencialmente para compartilhar imagens e vídeos, a reação dos usuários foi tão negativa e estridente que a cláusula foi rapidamente retirada do termo de uso.
Facebook na mira
Também o Facebook, com sua população de quase 850 milhões de usuários no mundo, tem um dilema sério nas mãos. Para crescer e trazer novidades, a rede social precisa usar cada vez mais os dados pessoais, para personalizar serviços, superar a concorrência e oferecer resultados mais efetivos para os anunciantes. Mas ao capturar, armazenar e tratar essas informações, chama a atenção dos órgãos reguladores e dos defensores da liberdade individual e da privacidade.
Em novembro passado, após uma batalha jurídica que começou em 2009, o Facebook anunciou um acordo com a Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos (FTC) e passou a ser mais claro em relação à forma como lida com os dados dos internautas. O órgão acusou a rede social de enganar seus consumidores ao publicar, sem consentimento expresso, dados que os usuários postaram como privados.
Para conseguir a bandeira branca do FTC, Mark Zuckerberg ativou recursos em que os usuários podem ou não ceder certas informações e permitiu maior controle sobre a nova interface, que estreou no ano passado. No pacote, Zuckerberg criou o cargo de CPO (Chief Privacy Officer), para centralizar as ações de proteção à privacidade.
Essas ações não resolveram todas as dúvidas nem acalmaram os mais preocupados com privacidade. Indignado com a quantidade de detalhes que a empresa armazena, o estudante de direito austríaco Max Schrems entrou na Justiça para exigir o direito de baixar os dados que o Facebook guarda sobre ele. Após criar uma ONG para essa finalidade, a Europe versus Facebook, Schrems conseguiu duas vitórias.
A primeira, quando obteve decisão favorável na Justiça que fez com que o Facebook liberasse o download de 57 categorias de informações guardadas em seus servidores. Em abril passado, a segunda. O Facebook estreou um recurso para que qualquer usuário possa fazer o download de parte dos seus dados, em um conjunto de 39 tipos de informações. Max Schrems diz que o Facebook tem mais de 84 conjuntos de dados, que vão de itens como o histórico de empregos às conexões com amigos, os links publicados até o número de amizades rejeitadas e de mensagens deletadas.
Os questionamentos ao Facebook, as brigas judiciais e o apoio da rede social a leis que restringem a liberdade na web podem explicar a recente revolta de uma parte dos usuários do aplicativo de fotografia Instagram, comprado pelo Facebook em abril por US$ 1 bilhão. Após a aquisição, esses usuários declararam que irão encerrar suas contas no app porque prezam a privacidade e não querem ter seus dados usados pela rede social.
Integração dos serviços - A iniciativa do Google de unificar as normas de todos os seus serviços em um só contrato, que prevê o intercâmbio de informações obtidas por ferramentas diferentes, foi como um jato de querosene numa fogueira.
Autoridades no Brasil, na Europa e nos Estados Unidos questionam a validade do documento e correm para estabelecer limites para o poder do Google. “Levantamos um questionamento junto à Ordem dos Advogados do Brasil, analisando as novas regras sob a ótica do Código de Defesa do Consumidor. Entendemos que há problemas quando a mudança é feita sem a opção para o usuário aceitar ou não”, disse o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS), que participou de uma audiência pública para pedir esclarecimentos ao Google, em Brasília.
O Google contra-argumenta. “Não faz sentido que, após a criação de uma política nova, alguns usuários continuem com a velha. Isso criaria classes diferentes de usuários e uma confusão tremenda. É assim com qualquer serviço online”, diz Marcel Leonardi, diretor de políticas públicas e relações governamentais do Google no Brasil. Para Leonardi, a única mudança real que aconteceu foi a integração do YouTube e do Histórico de Busca aos outros produtos do Google. “A unificação teve como objetivo deixar a linguagem mais acessível e dar possibilidade de escolha ao usuário”, diz.
Paira ainda um fantasma sobre a cabeça de todos os internautas do mundo. Após ver fracassar as propostas de lei Sopa e Pipa, que previam punições pesadas contra quem violasse leis de direitos autorais, o Congresso dos Estados Unidos votará nos próximos meses o Ato de Proteção e Compartilhamento de CiberInteligência (Cispa, na sigla em inglês). O projeto prevê que agências de inteligência americanas, como FBI e CIA, possam ter acesso mais rápido (leia-se sem notificação) aos dados armazenados por empresas de internet, para agilizar investigações.
Apesar de os serviços web mostrarem aos usuários o que podem ou não fazer, parte do problema da privacidade está relacionada ao pouco conhecimento das pessoas. O próprio Google oferece ferramentas para navegação anônima e permite que o usuário tenha um e-mail diferente para acessar cada um de seus serviços, embora isso seja pouco prático.
“Nossas pesquisas mostram que a maioria das pessoas sabe que é monitorada, mas desconhece como as empresas fazem isso”, afirma John Gamble, da empresa de segurança TRUSTe. O melhor a fazer é prestar atenção no tipo de informação que você digita. Ao terminar este texto, meu número total de buscas no Google passou de 25.751 consultas iniciais para 25.766. Está tudo lá.

Juliano Barreto, de INFO
www.exame.com.br

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LinkedIn é processado nos EUA em 5 milhões de dólares


São Paulo – Uma americana está processando a rede social profissional LinkedIn em nada mais, nada menos que 5 milhões de dólares. De acordo com a Reuters, Katie Szpyrka alega que o site não cumpriu as normas de seguranças prometidas aos usuários. O resultado de tal “descuido” foi o furto de mais de 6 milhões de senhas e nomes de usuários no começo do mês.
Para os advogados da americana, a rede social enganou os seus clientes por ter políticas de segurança que contradizem as normas aceitas pelo mercado no que diz respeito à proteção de banco de dados.
Porém, para a porta-voz do LinkedIn, Erin O’Harra, o processo não tem qualquer mérito. “Foi feito por advogados querendo tirar vantagem da situação”, considerou à Reuters. Segundo ela, nenhum dos perfis do site foi invadido por conta do episódio, e a empresa não tem motivos para crer que algum dos seus membros tenha sido prejudicado diretamente pelo incidente.
A rede foi alvo de uma invasão logo nos primeiros dias de junho na qual foram furtados dados, como senhas e nomes de usuários, de mais de 6 milhões de contas do LinkedIn. As informações foram parar em um fórum russo frequentado por crackers.

Fonte: www.exame.com

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